SAÚDE
HFAG realiza tratamento inédito de coração em hospitais militares do Brasil
A técnica não invasiva ajuda a aumentar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência da válvula mitral
Fonte: HFAG
O Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG) realizou pela primeira vez em um hospital militar do País a inserção de um cateter denominado MitraClip no coração de paciente com insuficiência da válvula mitral. Essa técnica não invasiva, adotada recentemente por países como Alemanha, Canadá, Itália e Estados Unidos, representa uma alternativa para pacientes cujos casos de intervenção cirúrgica têm risco muito elevado ou proibitivo, com significativa melhora na expectativa e na qualidade de vida dos enfermos.
O tratamento foi realizado no setor de Hemodinâmica do HFAG, com o suporte do médico italiano, Fausto Castriota. O paciente, militar da reserva de 77 anos, é diabético, portador de doença obstrutiva coronariana, com histórico de cirurgia cardíaca, além de apresentar insuficiência renal em tratamento clínico e anemia. Somente neste ano, foi internado duas vezes, sendo uma delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Após a implantação do MitraClip, o paciente evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório e teve alta hospitalar cinco dias depois da internação, realizada em novembro.
“O tratamento convencional consistia na cirurgia cardíaca, contraindicada para pacientes com risco cirúrgico elevado ou proibitivo. Com o procedimento via instalação do Mitraclip por meio de cateter, inauguramos uma nova possibilidade de tratamento aos cardiopatas mais debilitados que, além da saúde, têm de volta a oportunidade de realizarem as tarefas diárias, com significativo impacto na qualidade de vida e na autoestima”, explicou o Diretor do HFAG, Brigadeiro Médico Walter Kischinhevsky.
O acompanhamento médico mostrou que o paciente está sem os sintomas da doença no desempenho de atividades consideradas leves a moderadas como caminhadas, direção de veículos e jardinagem, por exemplo. “Além desses benefícios, a utilização de Mitraclip reduz, significativamente, o número de internações e seus custos correlatos”, concluiu o Brigadeiro Walter.
A iniciativa de realizar o procedimento começou quando o Chefe do Serviço de Hemodinâmica do HFAG, Capitão Médico Estêvão Martins, esteve em março no Maria Cecília Hospital - na Itália - onde acompanhou o implante do dispositivo em dois pacientes, com bons resultados. No Brasil, a equipe multidisciplinar do HFAG (Cardiologia, Hemodinâmica e Cirurgia Cardíaca) identificou o paciente que se encaixava nas condições para realizar o procedimento.
http://www.fab.mil.br/fabtv
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