A bilirrubina é o principal produto resultante do metabolismo da fração heme da hemoglobina. Aproximadamente 70% da bilirrubina existente no organismo provém da destruição dos eritrócitos e hemácias velhas, cerca de 15% de fontes hepáticas, e o restante é proveniente da destruição de hemácias com defeitos.
A metabolização da hemoglobina ocorre no baço, sendo fracionada em heme e globina. Esta última sofre o metabolismo protéico normal e os aminoácidos serão reaproveitados. A fração heme perde o Fe2+ que será transportado na corrente sanguínea por uma proteína plasmática denominada transferina, conduzindo-o até a medula óssea onde será reutilizada na formação de uma nova molécula de hemoglobina, ou então, até o fígado, onde será armazenado sob a forma de ferretina ou hemossiderina.
Com a liberação do Fe2+, a porção restante do heme passa a se chamar biliverdina que sob a ação da enzima biliverdina redutase, se transforma em bilirrubina. Esta alcança a corrente sanguínea onde se associa com a proteína albumina, resultando na bilirrubina indireta ou hemobilirrubina, uma molécula lipossolúvel.
A nível hepático, a albumina se dissocia da bilirrubina, permanecendo na corrente sanguínea e a bilirrubina entra no hepatócito,
no qual irá se conjugar com o ácido glucurônico pela ação da glicoronil
transferase, formando a bilirrubina direta ou colibilirrubina, que é
uma molécula hidrossolúvel.
Além das bilirrubinas direta e indireta, existe outro tipo, a
bilirrubina delta, do tipo conjugada, de reação rápida, ligada à
albumina permanentemente através de uma ligação covalente.
Devido à esta forte ligação, este tipo de bilirrubina não é excreta
através da urina, permanecendo seus níveis elevados por mais tempo.
Deste modo, interpretações de diagnósticos podem levar a falsas
interpretações. No entanto, nos dias de hoje já existem métodos que
separam a fração delta, das outras bilirrubinas.
Níveis elevados de bilirrubina no sangue sugerem presença de lesões
no fígado, obstrução da vesícula biliar ou alta velocidade de destruição
das hemácias. A bilirrubina direta alta está presente nas hepatites
agudas e crônicas, nas reações tóxicas e nas obstruções do trato biliar.
Nível elevado de bilirrubina indireta é observado na síndrome
hemolítica, na icterícia neonatal, na síndrome de Cligler-Najjar e na
doença de Gilbert. O sinal clínico clássico observado em casos de altos
níveis séricos de bilirrubina no sangue é a icterícia (mucosas, pele e
esclera amareladas).
http://www.invitro.com.br/principal/produto/bulaspdf/quimica_clinica/colorimetrica/bilirrubina_total_e_direta.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bilirrubina
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