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sexta-feira, 29 de abril de 2016

IGREJA EMERGENTE, A IGREJA DO PÓS-MODERNISMO ( Resenha )?- PSICOLOGIA PASTORAL

Artigo Nº 1, Volume XI, 2006, do Dr. Mauro Meister

 
          O autor, Dr. Mauro Meister, é doutor em Literatura Semítica pela Universidade de Stellenbosch, África do Sul, coordenador do curso de Mestrado em Divindade (M.Div.) no CPAJ e um dos pastores da Igreja Presbiteriana da Lapa, em São Paulo. Este artigo demonstrou a sua preocupação com movimento chamado de “Igreja Emergente”. Ele relata seu espanto ao descobrir que este movimento já possuía força de ordem internacional e nacional, começando a obra dando informações sobre a definição de Igreja Emergente, sua origem e principais características. Quanto a estas, destacou o pluralismo, o protesto, o missional, a linguagem e por fim faz uma avaliação preliminar.

               Na Introdução do seu artigo, autor faz uma observação muito importante a respeito da igreja emergente. Ele aborda o seu surgimento como um movimento em expansão dentro da igreja evangélica nas duas últimas décadas. Enfatiza que quando tomou conhecimento do fato percebeu que já existia até uma associação no Brasil fundada informalmente- janeiro de 2006 ( p. 95 ).        

          Existe uma atenção especial com a definição devido a sua dificuldade e alguns autores evitam chamá-la de Movimento. Neste contexto, o pós-modernismo é caracterizado pela negação da possibilidade de qualquer metanarrativa abrangente evitando que o discurso vira-se para si mesmo. Gibbs e Bolger afirmam que o termo foi usado pela primeira vez por Karen Ward no seu site denominado EmergingChurch.org. Ela queria apenas demonstrar a sua preocupação com as igrejas evangélicas dos anos 90 e não tinha intenção de criar tal movimento (p. 97).             

          Brian McLaren, um dos principais deste movimento, começou a usar o termo “emergente” em seus livros, quando escreveu A Generous Orthodoxy. Ele menciona que “O significado de emergente é uma parte essencial do ecossistema da ortodoxia generosa...” sua proposta apontava para uma mudança profunda no meio evangélico e não apenas as diferenças entre as comunidades cristãs das décadas de 80 e 90. (p. 98).

               O modelo antigo tornava-se rapidamente insatisfatório. Dan Kimball afirmava que para se conquistar a geração pós-moderna é preciso mudar a linguagem e, de acordo com McLaren, deve haver “um novo tipo de cristão”, o cristão pós-moderno. Tony Jones expõe que ter uma declaração de fé é “trilhar uma estrada pela qual não queremos andar”. Concluiu Meister que a fluidez da proposta caracteriza-se pela ambiguidade ( p. 99 ).

Um site emergente responde a pergunta “O que é igreja emergente?” da seguinte forma “A igreja emergente é um movimento da igreja protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a finalidade de alcançar a geração pós-moderna...”. O autor provisoriamente defini a igreja emergente como “ uma reação ao cristianismo do período moderno sob a pressuposição de que o cristianismo, como se desenvolveu no modernismo, tornou-se arcaico e irrelevante para a geração contemporânea”(p. 100).

Dentro do pensamento relacionado à origem e representatividade, se diz que é importante fazer parte do sistema, mesmo que a crença ainda não tenha sido estabelecida. Dessa forma, estabelece a diferença entre a epistemologia da igreja emergente, pós-moderna, da moderna, a experiência, a participação. Esse movimento teve origem numa subcultura de jovens ingleses que se reuniam no final de semana nos centros das cidades, mas dentro dessa subcultura existiam as “tribos” cristãs que foram identificadas como emergentes. Já na América a situação foi um pouco diferente, pois nos anos 80 existiam igrejas com franco sinal de modernidade. A igreja emergente exigia um pouco mais. Toda aquela cultura que acompanhava a geração “coca-cola” não subsistiu a pós-modernidade ( p. 101).

          Dan Kimball defendia a ideia de uma igreja “seeker friendly” (ou seja, “adaptada ao usuário” ou “orientada para o consumidor”). Abordando as principais características, notamos que Carson afirmava que a igreja emergente é um movimento “de dentro” e se opõe à igreja evangélica tradicional cativa dos conceitos do absolutismo da era moderna e o movimento emergente veio trazer a liberdade necessária para um cristianismo relevante na pós-modernidade (p. 103).

          O Pluralismo é a característica que valoriza os sentimentos e afeições em vez do pensamento linear e a racionalidade; a experiência em contraposição à verdade; a inclusão ao invés da exclusão e a participação em contrapartida ao individualismo. Há um afastamento da crença cristã da verdade “absoluta” e leva-se à autenticidade, ao “novo tipo de cristão”. A característica dominante é a não afirmação de absolutos e a aceitação das diferenças. O pluralismo desejado é encontrado no livro de McLaren, A Generous Orthodoxy, que revela o espírito que projeta a sua teologia: “Por que sou um cristão missional, evangélico, pós-protestante, liberal-conservador, místico-poético, bíblico, carismático-contemplativo, fundamentalista-calvinista, anabatista-anglicano, metodista, católico, verde, encarnacional, deprimido-mas-esperançoso, emergente e inacabado” ( p. 104 ).

          Na visão de McLaren o relativismo e o pluralismo filosófico não permitem que o cristão permaneça fiel à Escritura e o pensamento moderno está morto. A única saída é o pensamento emergente da ortodoxia generosa que nunca chega a um ponto final, mas emerge-se em algo novo. Simon Hall, líder da comunidade Revive afirma ‘Meu alvo para a comunidade não é ser “pós” tudo. Nós somos evangélicos e carismáticos e liberais e ortodoxos e contemplativos e ligados à justiça social e ao culto alternativo’ (p. 104).

          A marca do pluralismo é o protesto. A origem da liderança emergente vem de do cristianismo e manifesta o seu descontentamento. Mike Yaconelli editou Stories of Emergence: Moving from Absolute to Authentic. ( p. 104 ). A cosmovisão integral, com valores objetivos e absolutos, é impossível de ser coerente e relevante na pós-modernidade. A forma contraditória como vive o cristianismo que se diz bíblico é Protestada (p. 105 ). Há protesto contra os conceitos de autoridade e hierarquia. Carson expõe seu protesto indo contra a igreja evangélica tradicional e contra a forma como interpreta. Nos relatos emergentes encontramos informações de que as estruturas eclesiásticas do modernismo e suas hierarquias são antibíblicas. O protesto é desconstrucionista. Na visão de Kimball era necessária a transição do modernismo para o pós-modernismo para que as bases do cristianismo moderno fossem realinhadas (p. 106).

Na pós-modernidade o cristianismo se fundamenta no pluralismo experimental, na narrativa mística, fluida e global. Afirmam Gibbs e Bolger: As igrejas emergentes estão diante de uma tarefa formidável à medida que se esforçam para distinguir entre as partes da vida da igreja que tem as suas raízes na cultura moderna, a serem descartadas, e as partes que são evangelho e devem ser mantidas. De forma sutil McLaren se opõe até contra a Teologia Sistemática quando diz: “... são como as catedrais do tempo medieval. Embora poucos de nós adoremos em catedrais, nós as valorizamos e sabemos que deveriam ser preservadas pela sua beleza...” (p. 106 ).

A ação social, como ato de amor, é pregação e pode dispensar a proclamação. Gibbs e Bolger afirmam, ainda, que a única metanarrativa viável é a missio Dei, que “redime a nossa realidade material, acolhe os estranhos, compartilha generosamente, capacita, ouve, dá espaço e oferece a verdadeira liberdade”. Jesus não veio para criar outra religião exclusiva ( p. 107 ).

          Uma das propostas é um culto experimental e multi-sensorial, numa atmosfera trabalhada por luzes, velas, símbolos, mensagens multimídia, arte estática e em movimento, espontânea e participativa, dando sempre lugar à experiência. Kimball, em Emerging Church, fala da possibilidade de seriedade e ponderação. Incentiva o uso da música, as leituras bíblicas são feitas antes dos cânticos, são preservados o ofertório, a Santa Ceia, a leitura de credos e a oração (p. 108). São abordados também vários aspectos positivos, tais como: o ato de cantar não se deve ser apenas um cantando, os músicos ficam ao fundo do auditório para não se tornarem o foco, contudo ocorrem práticas estranhas associadas ao catolicismo romano e até pagãs como, por exemplo, a queima de incenso durante a experiência das ofertas. O culto multi-sensorial é sugerido e orientado através da circularidade do ambiente com presença de simbologia por todos os lados. Kimball relata, ainda, que se busque a “nova espiritualidade” mística, dessa forma, a “oração contemplativa” é praticada e consiste na união mística com Deus através da meditação com repetição de mantras (p. 109).

A proposta de pregação se volta para o estilo narrativo e são apresentadas as diferenças entre Igreja Moderna e Igreja Emergente. Ele defende a ideia de que na Igreja Moderna o “sermão é o ponto focal do culto” enquanto que na igreja emergente “o sermão é uma parte da experiência do ajuntamento de culto”.

          Em sua Avaliação preliminar o Dr. Meister reafirma que a pregação precisa ser compreensível e relevante, e o uso de uma linguagem efetiva e compreensível ao homem dos dias de hoje é fundamental, além disso, o lado negativo desse aspecto é que o movimento emergente prega uma “relevância a qualquer custo”. O movimento tem proposto a negação de fundamentos bíblicos essenciais.

Se as comunidades emergentes tomarem o termo missional como o desejo de autenticidade, negação da hipocrisia e do espírito farisaico e vontade de não manter estruturas que facilitem esse estado, estarão, com certeza, mais próximas de apresentar o verdadeiro evangelho com impacto, reconhece Meister. Porém ressalta que o lado negativo está na adoção do conceito missional inclusivista. Essa proposta leva o movimento ao radicalismo do anti-radicalismo, a ponto de propor que a mensagem do evangelho de Cristo não é radical, mas uma mensagem condescendente e não-condenatória.

Nesse sistema de pensamento tudo o que se propõe como exclusivo é considerado preconceituoso. Contudo, o envolvimento das comunidades com ações sociais é um aspecto positivo do desejo missional até porque ajudam as classes menos favorecidas, buscando a erradicação da fome e da pobreza. Todavia, elas correm o risco de fazerem da causa social suas principais atividades ( p. 111).

A fundamentação nos faz avaliar a sua proposta geral como mais negativa do que positiva, diz Dr. Mauro Meister. A adoção da mentalidade pós-modernista e do pluralismo da verdade nega, no seu cerne, a proposta bíblica e seus absolutos. Seus pensadores propõem o pluralismo da verdade, no qual “o conhecimento não mais é visto como verdade absoluta; ao contrário, o conhecimento é visto em termos de reorganizar informações em novos paradigmas”. A crença em absolutos não é um marco ou privilégio da igreja moderna, mas é fruto da revelação objetiva de Deus através dos séculos. O Dr. Mauro apresenta quase que como uma denúncia o fato da adoção das práticas pagãs deste movimento. A meditação e contemplação são perigosas e se opõem aos preceitos Bíblicos, configurando uma tentativa idólatra de alcançar a divindade. Os passos que estão sendo dados em nome de uma busca espiritual, enfatizam o autor, desconsideram a Escritura como fonte de toda a verdade ( p. 111).

“Pode a igreja viver assim? Não creio” desabafa Meister. Este movimento que apresenta uma igreja cuja verdade está abalada, não poderá sobreviver, porque necessariamente deixará de ser igreja. Dessa forma, o autor declara “a igreja emergente, seja como movimento ou como igreja, deve passar, assim como já passaram muitos outros movimentos contemporâneos que começaram como ‘a resposta’ para os problemas da igreja”. Não considerar os fundamentos da igreja é desconsiderar o seu fundador e sem fundador não se tem uma igreja genuína (p. 112).

          A forma como o Dr. Mauro Meister conduziu este artigo foi muito interessante e elucidativa. Ele ficou surpreso porque quando tomou conhecimento do Movimento já existia uma associação brasileira bem estruturada cuja finalidade era apoiar e ser apoiada por pessoas interessadas na criação de novas igrejas, além disso, o movimento já vinha tomando estrutura internacional nas duas últimas décadas.

          Eddie Gibbs e Ryan Bolger concluíram uma pesquisa cujo resultado foi bastante simpático ao movimento... D. A. Carson foi mais cuidadosa ao focar o lado positivo e, também, os perigos para a fé, sua sugestão era a alteração profunda no meio evangélico e não apenas as diferenças entre as comunidades cristãs das décadas de 80 e 90. As Igrejas autodenominadas Emergentes evitam qualquer metanarrativa abrangente, Por quê? Porque o discurso poderia voltar-se para si. No decorrer do artigo vamos perceber uma contraposição com relação às Igrejas Modernas por causa dos seus pensamentos “enlatados”.

          O nome “Igreja Emergente” surgiu por acaso devido à uma postagem de Karen Ward em seu site. Brian McLaren define o movimento como parte essencial do ecossistema da ortodoxia generosa. O arquétipo estava antiquado e insatisfatório para as novas demandas da geração pós-moderna. Dan Kimball afirma que é preciso mudar a linguagem e Tony Jones acha que ter uma declaração de fé é “trilhar uma estrada pela qual não queremos andar”. O cristianismo da era moderna tornou-se atrasado e o movimento tenta atender a geração pós-moderna, se adaptando, se organizando, mudando sua estrutura mais íntima.  A fluidez e inconsistência lógica são sua característica e para cativar o novo público alvo é oferecido o status de “pertencer sem crer”. Nasce a Igreja Emergente se intitulando como a Igreja da Pós Modernidade.

          Carson fala do poder escravizador do absolutismo na Igreja Moderna, mas há na Igreja Emergente uma alienação das verdades absolutas e adoção de um pensamento conhecido como “autenticidade”; há aceitação das diferenças que caracterizam o pluralismo desejado. E na sua ótica declara “Por que sou um cristão missional, evangélico, pós-protestante, liberal-conservador, místico-poético, bíblico, carismático-contemplativo, fundamentalista-calvinista, anabatista-anglicano, metodista, católico, verde, encarnacional, deprimido-mas-esperançoso, emergente e inacabado”. Por causa disto a ambiguidade se estabelece e vai além do simples pluralismo.

          A visão ambígua é ampliada com as palavras de Simon Hall que afirma “Meu alvo para a comunidade não é ser ‘pós’ tudo. Nós somos evangélicos e carismáticos e liberais e ortodoxos e contemplativos e ligados à justiça social e ao culto alternativo”. Há um peso de protesto em toda essa pluralidade.

          Os Emergentes desprezam a cosmovisão integral com seus valores objetivos e absolutos e que, acima de tudo, ela é impossível de ser coerente e relevante na pós-modernidade. Mas cristianismo, segundo Schaeffer, não era tão somente a melhor cosmovisão, ou o “sistema” verdadeiro, mas um retorno à realidade de Deus.

          As bases do cristianismo moderno, conforme Kimball precisavam ser realinhadas, até porque as estruturas eclesiásticas e suas hierarquias eram antibíblicas, aplicando o protesto desconstrucionista. De forma sutil McLaren se opõe até a Teologia Sistemática quando diz: “... poucos de nós adoramos em catedrais, nós as valorizamos e sabemos que deveriam ser preservadas pela sua beleza. A simetria intelectual e a grande estrutura das teologias sistemáticas igualmente deveriam ser preservadas e admiradas...”

          O sermão é demasiadamente contrastante com o da igreja moderna, falando da ação social como sendo a pregação dispensando a proclamação. Deste pensamento vem o risco de priorizar a obra social e negligenciar a proclamação. E quando Gibbs e Bolger afirmam, ainda, que a única metanarrativa viável é a missio Dei, que “redime a nossa realidade material, acolhe os estranhos, compartilha generosamente, capacita, ouve, dá espaço e...”, reafirma que ser missional é ser absolutamente inclusivista e, dessa forma, notamos que este movimento é muito mais social que espiritual.

          Uma das propostas, focando a linguagem, é um culto que explora as percepções usando todos os recursos que estimulem os órgãos sensitivos. Mas ocorrem várias práticas associadas ao catolicismo e até pagãs como, por exemplo, a queima de incenso. O ambiente de culto é modificado e os assentos são colocados de forma circular. Kimball diz que assim busca-se a “nova espiritualidade” mística e a “oração contemplativa” é praticada para alcançar a mística união com Deus, apelando para meditação com repetição de mantras.

          Há superficialidade na pregação da igreja moderna, mas na pós ressalta-se a pregação em forma de narrativa. Kimball fala que o sermão é o centro das atenções no culto das igrejas evangélicas enquanto que na Emergente é uma parte da experiência compartilhada. Neste momento o Emergente assume um sério risco, pois pensa na bíblia como narrativa que dá brilho as nossas histórias e não como uma verdade absoluta, negando os embasamentos bíblicos efetivos. Contudo o Dr. Meister fala da relevância da pregação com uma linguagem compreensível que se contrapõem a pós-moderna que prega uma “relevância a qualquer custo”.  

          Outro lado negativo está na adoção do conceito missional inclusivista, isto é, radicalismo do anti-radicalismo que chega ao ponto de dizer que as  mensagens de Cristo não eram condenatórias, mas complacentes.  Além disso, as práticas pagãs, notadamente, meditação e contemplação corroboram ainda mais para o afastamento dos princípios bíblicos. O autor deixa sua opinião de que este Movimento que se levantou como solução dos problemas das igrejas cairá, assim como os outros caíram por causa das suas verdades sem sustentabilidade bíblica. Não considerar os fundamentos da igreja é desconsiderar o seu fundador e sem fundador não se tem uma igreja genuína.

          Este artigo do Dr. Mauro Meister é de grande relevância, pois faz um alerta para o que está ocorrendo dentro das Igrejas Evangélicas. De um modo universal a Igreja Emergente já está estruturada e lançando seus projetos carismáticos sem se preocupar com o verdadeiro crescimento espiritual, até porque as verdades absolutas são evitadas e a metanarrativa é inviável.

          Qualquer pessoa que ler o artigo percebe uma exposição gradual, onde o autor começa falando das definições da palavra emergente contextualizada, faz um longo e prazeroso roteiro que demonstra a organização desse movimento, seus fundadores com seus respectivos ideais. No final do artigo o Dr. Meister faz a sua exposição julgando os fatos apresentados e comprovando que por falta de embasamento bíblico este movimento vai desaparecer assim como outros desapareceram.

          É alarmante a falta de preocupação com a Palavra de Deus, o uso de artifícios não cristão para envolver e cativar os participantes, inclusive a meditação e o mantra associados à exploração da simbologia como forte elemento de impregnação dos órgãos sensitivos. Este movimento parece estar mais preocupado em encher suas igrejas, contudo isto não é mencionado de forma direta. Provavelmente o Dr. Meister quisera fazer uma abordagem mais simpática em função do movimento ser uma realidade e já ter muitos seguidores da alta patente.

          Quando é mencionado o fator protesto, inicialmente, temos a impressão que estaríamos diante de uma revolta contra o pecado e esta sociedade corrupta, mas na realidade é um protesto que justifica sair da sua instituição e criar uma nova. Fala-se de uma visão de mundo equivocada só porque há a valorização de regras, hierarquia e, acima de tudo, a valorização da Palavra de Deus.

          Em uma palestra o Dr. Mauro Meister menciona a questão comparativa da igreja emergente com a biologia, em particular a botânica. Com este pensamento refere-se à igreja emergente como uma arvore a sombra de outra que esta morrendo. A que está à sobra está pronta para se erguer melhor e mais frondosa. Mais ele também fala a respeito da sequencia da vida, pois esta nova também há de morrer.

          Não podemos negar que a Igreja Emergente traz uma proposta excelente que visa o social e procura ser evangelizadora, porém o conteúdo está adulterado, sua base não é bíblica, com isto, está enferma e vai gerar discípulos enfermos.

          Enfim, notamos o grande alerta que este artigo proporciona quando questiona se a Igreja Emergente é realmente a Igreja da Pós-modernidade. É certo que precisamos mudar a estratégia e sair da mesmice, mas sem a Palavra de Deus como norteadora não chegaremos a lugar nenhum. Unir a Igreja Moderna a pós-modernidade é deixar o paradigma ostentado pela Bíblia e mergulhar na incerteza e aceitação do sincretismo religioso, onde o aqui e agora é mais importante que a vida eterna. Todo o cristão preocupado com a salvação deveria tomar conhecimento deste relevante artigo e está atento para poder ter uma posição fundamentada e resistir a certas inovações pós-modernas.

 

Orientador.: Ap. Walter Cristie.

Mestrando: Reginaldo Silva de Lyra

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