Artigo Nº 1, Volume XI, 2006, do Dr. Mauro Meister
O autor, Dr. Mauro Meister, é doutor em Literatura Semítica pela
Universidade de Stellenbosch, África do Sul, coordenador do curso de Mestrado
em Divindade (M.Div.) no CPAJ e um dos pastores da Igreja Presbiteriana da
Lapa, em São Paulo. Este artigo demonstrou a sua preocupação com movimento
chamado de “Igreja Emergente”. Ele relata seu espanto ao descobrir que este
movimento já possuía força de ordem internacional e nacional, começando a obra
dando informações sobre a definição de Igreja Emergente, sua origem e
principais características. Quanto a estas, destacou o pluralismo, o protesto,
o missional, a linguagem e por fim faz uma avaliação preliminar.
Na Introdução do seu artigo,
autor faz uma observação muito importante a respeito da igreja emergente. Ele aborda o seu surgimento como um movimento em expansão dentro da igreja evangélica nas duas
últimas décadas. Enfatiza que quando tomou conhecimento do fato percebeu que já
existia até uma associação no Brasil fundada informalmente- janeiro de 2006 (
p. 95 ).
Existe
uma atenção especial com a definição devido a sua dificuldade e alguns autores
evitam chamá-la de Movimento. Neste contexto, o pós-modernismo é caracterizado pela negação da possibilidade de
qualquer metanarrativa abrangente evitando que o discurso vira-se para si
mesmo. Gibbs e Bolger afirmam que o termo foi usado pela primeira vez por Karen
Ward no seu site denominado EmergingChurch.org. Ela queria apenas demonstrar a
sua preocupação com as igrejas evangélicas dos anos 90 e não tinha intenção de
criar tal movimento (p. 97).
Brian
McLaren, um dos principais deste movimento, começou a usar o termo “emergente”
em seus livros, quando escreveu A Generous Orthodoxy. Ele menciona que
“O significado de emergente é uma parte essencial do ecossistema da ortodoxia
generosa...” sua proposta apontava para uma mudança profunda no meio evangélico
e não apenas as diferenças entre as comunidades cristãs das décadas de 80 e 90.
(p. 98).
O modelo antigo tornava-se
rapidamente insatisfatório. Dan Kimball afirmava que para se conquistar a
geração pós-moderna é preciso mudar a linguagem e, de acordo com McLaren, deve
haver “um novo tipo de cristão”, o cristão pós-moderno. Tony Jones expõe que
ter uma declaração de fé é “trilhar uma estrada pela qual não queremos andar”.
Concluiu Meister que a fluidez da proposta caracteriza-se pela ambiguidade ( p. 99 ).
Um site emergente responde
a pergunta “O que é igreja emergente?” da seguinte forma “A igreja emergente
é um movimento da igreja protestante, iniciado por americanos e ingleses, com a
finalidade de alcançar a geração pós-moderna...”. O autor provisoriamente defini a igreja
emergente como “ uma reação ao cristianismo do período moderno sob a
pressuposição de que o cristianismo, como se desenvolveu no modernismo,
tornou-se arcaico e irrelevante para a geração contemporânea”(p. 100).
Dentro
do pensamento relacionado à origem e representatividade, se diz que é importante fazer parte do sistema, mesmo que a crença ainda não
tenha sido estabelecida. Dessa forma, estabelece a diferença entre a
epistemologia da igreja emergente, pós-moderna, da moderna, a experiência, a participação. Esse movimento teve origem
numa subcultura de jovens ingleses que se reuniam no final de semana nos
centros das cidades, mas dentro dessa subcultura existiam as “tribos” cristãs
que foram identificadas como emergentes. Já na América a situação foi um pouco diferente, pois nos anos 80
existiam igrejas com franco sinal de modernidade. A igreja emergente exigia um
pouco mais. Toda aquela cultura que acompanhava a geração “coca-cola” não
subsistiu a pós-modernidade ( p. 101).
Dan
Kimball defendia a ideia de uma igreja “seeker friendly” (ou seja, “adaptada ao
usuário” ou “orientada para o consumidor”). Abordando as principais características, notamos que Carson afirmava que a igreja
emergente é um movimento “de dentro” e se opõe à igreja evangélica
tradicional cativa dos conceitos do absolutismo da era moderna e o movimento
emergente veio trazer a liberdade necessária para um cristianismo relevante na
pós-modernidade (p. 103).
O Pluralismo é a
característica que valoriza os sentimentos e afeições em vez do
pensamento linear e a racionalidade; a experiência em contraposição à verdade;
a inclusão ao invés da exclusão e a participação em contrapartida ao
individualismo. Há um afastamento da crença cristã da verdade “absoluta” e
leva-se à autenticidade, ao “novo tipo de cristão”. A característica dominante é
a não afirmação de absolutos e a aceitação das diferenças. O pluralismo desejado é encontrado no livro de McLaren, A Generous
Orthodoxy, que revela o espírito que projeta a sua teologia: “Por que sou
um cristão missional, evangélico, pós-protestante, liberal-conservador,
místico-poético, bíblico, carismático-contemplativo,
fundamentalista-calvinista, anabatista-anglicano, metodista, católico, verde,
encarnacional, deprimido-mas-esperançoso, emergente e inacabado” ( p. 104 ).
Na visão
de McLaren o relativismo e o pluralismo filosófico não permitem que o cristão
permaneça fiel à Escritura e o pensamento moderno está morto. A única saída é o
pensamento emergente da ortodoxia generosa que nunca chega a um ponto final,
mas emerge-se em algo novo. Simon Hall,
líder da comunidade Revive afirma ‘Meu alvo para a comunidade não é ser
“pós” tudo. Nós somos evangélicos e carismáticos e liberais e ortodoxos
e contemplativos e ligados à justiça social e ao culto
alternativo’ (p. 104).
A marca do
pluralismo é o protesto. A origem da liderança emergente vem de do cristianismo
e manifesta o seu descontentamento. Mike Yaconelli editou Stories of Emergence: Moving from Absolute to
Authentic. ( p. 104 ). A cosmovisão integral, com
valores objetivos e absolutos, é impossível de ser coerente e relevante na
pós-modernidade. A forma contraditória
como vive o cristianismo que se diz bíblico é Protestada (p. 105 ). Há protesto
contra os conceitos de autoridade e hierarquia. Carson expõe seu protesto indo
contra a igreja evangélica tradicional e contra a forma como interpreta. Nos
relatos emergentes encontramos informações de que as estruturas eclesiásticas
do modernismo e suas hierarquias são antibíblicas. O protesto é desconstrucionista. Na visão de Kimball era necessária a
transição do modernismo para o pós-modernismo para que as bases do cristianismo
moderno fossem realinhadas (p. 106).
Na pós-modernidade o cristianismo se
fundamenta no pluralismo experimental, na narrativa mística, fluida e global.
Afirmam Gibbs e Bolger: As igrejas
emergentes estão diante de uma tarefa formidável à medida que se esforçam para
distinguir entre as partes da vida da igreja que tem as suas raízes na cultura
moderna, a serem descartadas, e as partes que são evangelho e devem ser
mantidas. De forma sutil McLaren se opõe até contra a Teologia Sistemática
quando diz: “... são como as catedrais do tempo medieval. Embora poucos de nós
adoremos em catedrais, nós as valorizamos e sabemos que deveriam ser
preservadas pela sua beleza...” (p. 106 ).
A
ação social, como ato de amor, é pregação e pode dispensar a proclamação. Gibbs
e Bolger afirmam, ainda, que a única metanarrativa viável é a missio Dei,
que “redime a nossa realidade material, acolhe os estranhos, compartilha
generosamente, capacita, ouve, dá espaço e oferece a verdadeira liberdade”.
Jesus não veio para criar outra religião exclusiva ( p. 107 ).
Uma
das propostas é um culto experimental e multi-sensorial, numa atmosfera
trabalhada por luzes, velas, símbolos, mensagens multimídia, arte estática e em
movimento, espontânea e participativa, dando sempre lugar à experiência.
Kimball, em Emerging Church, fala da possibilidade de seriedade e
ponderação. Incentiva o uso da música, as leituras bíblicas são feitas antes
dos cânticos, são preservados o ofertório, a Santa Ceia, a leitura de credos e
a oração (p. 108). São abordados também vários aspectos positivos, tais como: o
ato de cantar não se deve ser apenas um cantando, os músicos ficam ao fundo do
auditório para não se tornarem o foco, contudo ocorrem práticas estranhas
associadas ao catolicismo romano e até pagãs como, por exemplo, a queima de
incenso durante a experiência das ofertas. O
culto multi-sensorial é sugerido e orientado através da circularidade do
ambiente com presença de simbologia por todos os lados. Kimball relata, ainda,
que se busque a “nova espiritualidade” mística, dessa forma, a “oração
contemplativa” é praticada e consiste na união mística com Deus através da
meditação com repetição de mantras (p. 109).
A proposta de pregação se
volta para o estilo narrativo e são apresentadas as diferenças entre Igreja
Moderna e Igreja Emergente. Ele defende a ideia de que na Igreja Moderna o
“sermão é o ponto focal do culto” enquanto que na igreja emergente “o sermão é
uma parte da experiência do ajuntamento de culto”.
Em sua Avaliação
preliminar o Dr. Meister reafirma que a
pregação precisa ser compreensível e relevante, e o uso de uma linguagem
efetiva e compreensível ao homem dos dias de hoje é fundamental, além
disso, o
lado negativo desse aspecto é que o movimento emergente prega uma “relevância a
qualquer custo”. O movimento tem proposto a negação de fundamentos bíblicos
essenciais.
Se as comunidades emergentes tomarem o
termo missional como o desejo de autenticidade, negação da hipocrisia e do
espírito farisaico e vontade de não manter estruturas que facilitem esse
estado, estarão, com certeza, mais próximas de apresentar o verdadeiro
evangelho com impacto, reconhece Meister.
Porém ressalta que o lado negativo está na adoção do conceito missional
inclusivista. Essa proposta leva o movimento ao radicalismo do
anti-radicalismo, a ponto de propor que a mensagem do evangelho de Cristo não é
radical, mas uma mensagem condescendente e não-condenatória.
Nesse
sistema de pensamento tudo o que se propõe como exclusivo é considerado
preconceituoso. Contudo, o
envolvimento das comunidades com ações sociais é um aspecto positivo do desejo
missional até porque ajudam as classes menos favorecidas, buscando a
erradicação da fome e da pobreza. Todavia, elas correm o risco de fazerem da
causa social suas principais atividades ( p.
111).
A
fundamentação nos faz avaliar a sua proposta geral como mais negativa do que
positiva, diz Dr. Mauro Meister. A adoção da mentalidade pós-modernista
e do pluralismo da verdade nega, no seu cerne, a proposta bíblica e seus
absolutos. Seus pensadores propõem o pluralismo da verdade, no qual “o
conhecimento não mais é visto como verdade absoluta; ao contrário, o
conhecimento é visto em termos de reorganizar informações em novos paradigmas”. A
crença em absolutos não é um marco ou privilégio da igreja moderna, mas é fruto
da revelação objetiva de Deus através dos séculos. O Dr. Mauro apresenta quase que como uma denúncia o fato da adoção das
práticas pagãs deste movimento. A meditação e contemplação são perigosas e se
opõem aos preceitos Bíblicos, configurando uma tentativa idólatra de alcançar a
divindade. Os passos que estão sendo dados em nome de uma busca espiritual,
enfatizam o autor, desconsideram a Escritura como fonte de toda a verdade (
p. 111).
“Pode a igreja viver assim? Não creio”
desabafa Meister. Este movimento que apresenta uma igreja cuja verdade está
abalada, não poderá sobreviver, porque necessariamente deixará de ser igreja. Dessa forma, o autor declara “a igreja emergente,
seja como movimento ou como igreja, deve passar, assim como já passaram muitos
outros movimentos contemporâneos que começaram como ‘a resposta’ para os
problemas da igreja”. Não considerar os fundamentos da igreja é desconsiderar o
seu fundador e sem fundador não se tem uma igreja genuína (p.
112).
A forma como o Dr. Mauro Meister
conduziu este artigo foi muito
interessante e elucidativa. Ele ficou surpreso porque quando tomou conhecimento
do Movimento já existia uma associação brasileira bem estruturada cuja finalidade era apoiar e ser
apoiada por pessoas interessadas na criação de novas igrejas, além disso, o
movimento já vinha tomando estrutura internacional nas duas últimas décadas.
Eddie Gibbs e Ryan Bolger concluíram
uma pesquisa cujo resultado foi bastante simpático ao movimento... D. A. Carson
foi mais cuidadosa ao focar o lado positivo e, também, os perigos para a fé, sua sugestão era a alteração profunda no meio evangélico e
não apenas as diferenças entre as comunidades cristãs das décadas de 80 e 90. As Igrejas
autodenominadas Emergentes evitam qualquer metanarrativa abrangente, Por quê? Porque
o discurso poderia voltar-se para si. No decorrer do artigo vamos perceber uma
contraposição com relação às Igrejas Modernas por causa dos seus pensamentos
“enlatados”.
O nome “Igreja Emergente” surgiu por
acaso devido à uma postagem de Karen Ward em seu site. Brian McLaren define o movimento como parte essencial do
ecossistema da ortodoxia generosa. O
arquétipo estava antiquado e insatisfatório para as novas demandas da geração
pós-moderna. Dan Kimball afirma que é preciso mudar a linguagem e Tony Jones
acha que ter uma declaração de fé é “trilhar uma estrada pela qual não queremos
andar”. O cristianismo da era moderna tornou-se atrasado e o movimento tenta
atender a geração pós-moderna, se adaptando, se organizando, mudando sua
estrutura mais íntima. A fluidez e
inconsistência lógica são sua característica e para cativar o novo público alvo
é oferecido o status de “pertencer sem crer”. Nasce a Igreja Emergente se
intitulando como a Igreja da Pós Modernidade.
Carson
fala do poder escravizador do absolutismo na Igreja Moderna, mas há na Igreja
Emergente uma alienação das verdades absolutas e adoção de um pensamento
conhecido como “autenticidade”; há aceitação das diferenças que caracterizam o
pluralismo desejado. E na sua ótica declara “Por que sou um cristão missional,
evangélico, pós-protestante, liberal-conservador, místico-poético, bíblico,
carismático-contemplativo, fundamentalista-calvinista, anabatista-anglicano,
metodista, católico, verde, encarnacional, deprimido-mas-esperançoso, emergente
e inacabado”. Por causa disto a ambiguidade se estabelece e vai além do simples
pluralismo.
A
visão ambígua é ampliada com as palavras de Simon Hall que afirma “Meu
alvo para a comunidade não é ser ‘pós’ tudo. Nós somos evangélicos e carismáticos
e liberais e ortodoxos e contemplativos e ligados à
justiça social e ao culto alternativo”. Há um peso de protesto em toda
essa pluralidade.
Os Emergentes desprezam a cosmovisão integral com seus
valores objetivos e absolutos e que, acima de tudo, ela é impossível de ser
coerente e relevante na pós-modernidade. Mas cristianismo,
segundo Schaeffer, não era tão somente a melhor cosmovisão, ou o “sistema”
verdadeiro, mas um retorno à realidade de Deus.
As bases do cristianismo moderno, conforme Kimball precisavam ser realinhadas, até porque as estruturas eclesiásticas e suas hierarquias
eram antibíblicas, aplicando o protesto
desconstrucionista. De forma sutil McLaren se
opõe até a Teologia Sistemática quando diz: “... poucos de nós adoramos em
catedrais, nós as valorizamos e sabemos que deveriam ser preservadas pela sua
beleza. A simetria intelectual e a grande estrutura das teologias sistemáticas
igualmente deveriam ser preservadas e admiradas...”
O sermão é
demasiadamente contrastante com o da igreja moderna, falando da ação social
como sendo a pregação dispensando a proclamação. Deste pensamento vem o risco
de priorizar a obra social e negligenciar a proclamação. E quando Gibbs e
Bolger afirmam, ainda, que a única metanarrativa viável é a missio Dei,
que “redime a nossa realidade material, acolhe os estranhos, compartilha
generosamente, capacita, ouve, dá espaço e...”, reafirma que ser
missional é ser absolutamente inclusivista e, dessa forma, notamos que este
movimento é muito mais social que espiritual.
Uma das propostas, focando a linguagem, é um culto que
explora as percepções usando todos os recursos que estimulem os órgãos
sensitivos. Mas ocorrem várias práticas associadas ao catolicismo e até pagãs
como, por exemplo, a queima de incenso. O ambiente de culto é modificado e os assentos são colocados
de forma circular. Kimball diz que assim
busca-se a “nova espiritualidade” mística e a “oração contemplativa” é
praticada para alcançar a mística união com Deus, apelando para meditação com
repetição de mantras.
Há superficialidade na pregação da igreja
moderna, mas na pós ressalta-se a pregação em forma de narrativa. Kimball fala
que o sermão é o centro das atenções no culto das igrejas evangélicas enquanto
que na Emergente é uma parte da experiência compartilhada. Neste momento o
Emergente assume um sério risco, pois pensa na bíblia como narrativa que dá
brilho as nossas histórias e não como uma verdade absoluta, negando os
embasamentos bíblicos efetivos. Contudo o Dr. Meister fala da relevância da
pregação com uma linguagem compreensível que se contrapõem a pós-moderna que
prega uma “relevância a qualquer custo”.
Outro
lado negativo está na adoção do conceito missional inclusivista, isto é,
radicalismo do anti-radicalismo que chega ao ponto de dizer que as mensagens de Cristo não eram condenatórias,
mas complacentes. Além disso, as
práticas pagãs, notadamente, meditação e contemplação corroboram ainda mais para
o afastamento dos princípios bíblicos. O
autor deixa sua opinião de que este Movimento que se levantou como solução dos
problemas das igrejas cairá, assim como os outros caíram por causa das suas
verdades sem sustentabilidade bíblica. Não considerar os fundamentos da igreja
é desconsiderar o seu fundador e sem fundador não se tem uma igreja genuína.
Este
artigo do Dr. Mauro Meister é de grande relevância, pois faz um alerta para o
que está ocorrendo dentro das Igrejas Evangélicas. De um modo universal a
Igreja Emergente já está estruturada e lançando seus projetos carismáticos sem
se preocupar com o verdadeiro crescimento espiritual, até porque as verdades
absolutas são evitadas e a metanarrativa é inviável.
Qualquer
pessoa que ler o artigo percebe uma exposição gradual, onde o autor começa
falando das definições da palavra emergente contextualizada, faz um longo e
prazeroso roteiro que demonstra a organização desse movimento, seus fundadores
com seus respectivos ideais. No final do artigo o Dr. Meister faz a sua
exposição julgando os fatos apresentados e comprovando que por falta de
embasamento bíblico este movimento vai desaparecer assim como outros
desapareceram.
É alarmante a falta de preocupação com a
Palavra de Deus, o uso de artifícios não cristão para envolver e cativar os
participantes, inclusive a meditação e o mantra associados à exploração da
simbologia como forte elemento de impregnação dos órgãos sensitivos. Este
movimento parece estar mais preocupado em encher suas igrejas, contudo isto não
é mencionado de forma direta. Provavelmente o Dr. Meister quisera fazer uma
abordagem mais simpática em função do movimento ser uma realidade e já ter
muitos seguidores da alta patente.
Quando
é mencionado o fator protesto, inicialmente, temos a impressão que estaríamos
diante de uma revolta contra o pecado e esta sociedade corrupta, mas na
realidade é um protesto que justifica sair da sua instituição e criar uma nova.
Fala-se de uma visão de mundo equivocada só porque há a valorização de regras,
hierarquia e, acima de tudo, a valorização da Palavra de Deus.
Em
uma palestra o Dr. Mauro Meister menciona a questão comparativa da igreja
emergente com a biologia, em particular a botânica. Com este pensamento
refere-se à igreja emergente como uma arvore a sombra de outra que esta
morrendo. A que está à sobra está pronta para se erguer melhor e mais frondosa.
Mais ele também fala a respeito da sequencia da vida, pois esta nova também há
de morrer.
Não podemos negar que a Igreja Emergente
traz uma proposta excelente que visa o social e procura ser evangelizadora,
porém o conteúdo está adulterado, sua base não é bíblica, com isto, está
enferma e vai gerar discípulos enfermos.
Enfim, notamos o grande alerta que este
artigo proporciona quando questiona se a Igreja Emergente é realmente a Igreja
da Pós-modernidade. É certo que precisamos mudar a estratégia e sair da
mesmice, mas sem a Palavra de Deus como norteadora não chegaremos a lugar
nenhum. Unir a Igreja Moderna a pós-modernidade é deixar o paradigma ostentado
pela Bíblia e mergulhar na incerteza e aceitação do sincretismo religioso, onde
o aqui e agora é mais importante que a vida eterna. Todo o cristão preocupado
com a salvação deveria tomar conhecimento deste relevante artigo e está atento
para poder ter uma posição fundamentada e resistir a certas inovações
pós-modernas.
Orientador.: Ap. Walter Cristie.
Mestrando: Reginaldo Silva de Lyra
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