Psicanálise é um campo clínico e
de investigação teórica da psicologia desenvolvido por Sigmund
Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856 que se propõe à compreensão
e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente
e abrange três áreas: 1. um método de investigação da mente
e seu funcionamento; 2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento
humanos e 3. um método de tratamento psicoterapêutico.
Essencialmente é, assim, uma
teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia;
a psicanálise, contudo, influenciou muitas outras correntes de pensamento e
disciplinas das diversas ciências humanas, gerando uma base teórica para
uma forma de compreensão da ética, da moralidade
e da cultura humana. Importante ainda é observar que
em linguagem comum, o termo psicanálise é muitas vezes usado como sinônimo de
psicoterapia ou mesmo de psicologia. Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia
refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos
mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - e psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia.
mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - e psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia.
Os primórdios da psicanálise
datam de 1882 quando Freud, médico
recém formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus
pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação
cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconscientes.
recém formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o médico francês Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus
pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação
cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconscientes.
Notou também que muitos desses
desejos se tratavam de fantasias de natureza sexual.
O método básico da psicanálise é o manejo da transferência e da resistência em
análise. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que
lhe vem à mente (método de associação livre). Suas aspirações,
angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como também Todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.
angústias, sonhos e fantasias são de especial interesse na escuta, como também Todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.
A originalidade do conceito de
inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade
psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado,
analisando-se o contexto da época observa-se que sua proposição estabeleceu um
diálogo crítico à proposições Wilhelm
Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a ciência que tem como objeto
a consciência entendida na perspectiva neurológica
(da época) ou seja opondo-se aos estados de coma
e alienação mental.
Muitos colocam a questão de como
observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo
"inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter
tido acesso a seu inconsciente para poder
ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o
conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente.
Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele
introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia de que
temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.
ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o
conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente.
Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele
introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia de que
temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.
Correntes, dissensões e críticas Diversas
dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadasao longo do século XX,
tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50
e 60. As principais dissensões que passou o criador
da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred
Adler, que participavam da
expansão da psicanálise no começo do século
XX. C. G. Jung, inclusive, foi o primeiro presidente do Instituto Internacional
de Psicanálise (IPA), antes de sua renúncia ao cargo e a seguidor das idéias de
Freud. Outras dissidências importantes foram Otto Rank,
Erich
Fromm. No entanto, a partir da teoria psicanalítica de Freud,
fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia,
o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem
puramente psicológica.
Desenvolvimentos como a
psicoterapia humanista/existencial,
psicoterapia
reichiana, dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem
dúvida, influenciadas pela tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma
visão particular para os conteúdos da psicologia clínica. O método de interpretar os
pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais através de um
diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação trazida por
Freud. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham um
apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias
e outros métodos antigos no combate às doenças
mentais. Sua contribuição para a Medicina,
Psicologia,
e outras áreas do conhecimento humano (arte,
literatura,
sociologia,
antropologia,
entre outras) é inegável. O verdadeiro choque moral provocado pelas ideias de
Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo menos repensasse muito de
seus tabus
e preconceitos
na compreensão da sexualidade, e atingisse um maior grau de
refinamento e profundidade na busca das verdades psíquicas do ser humano. Na
atualidade, a Psicanálise já não se limita à prática e tem uma amplitude maior
de pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma
ciência psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise
é uma disciplina da Psicologia ou uma Psicologia própria. Após Freud, muitos
outros psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento e importância da
psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie
Klein, Winnicott, Bion
e André Green. No entanto, a principal virada no
seio da psicanálise, que conciliou ao mesmo tempo a inovação e a proposta de um
"retorno a Freud" veio com o psicanalista francês Jacques
Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em
nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D Nasio e Jacques-Alain Miller.
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