Serão tratados
os pontos relevantes
associados à saúde do paciente, tais como: os órgãos mais afetados, estatísticas de
falecimentos, farmacologia e
perceber como as Unidades de atendimento ao
público encaram esta realidade.
No estudo disponível no site
<www.youtube.com/watch?v=70jedgAX9f8> acessado em 04/11/2014 às 20:00 sob
o título “Álcool: Intoxicação, Doenças
Associadas e Dicas”, notamos o comentarista fazendo a abordagem dos assuntos
começando pela Absorção e Metabolização. Ele informa que absorção ocorre
principalmente no intestino devido a presença das vilosidades, sendo que no
estômago em menos quantidade. Ressalta que o metabolismo se dá no fígado,
estômago e intestino. Sobretudo no fígado, mas em menor proporção nas paredes
do estômago e intestino. Entretanto, não podemos esquecer que FATORES
INTERFEREM NA ABSORÇÃO, tais como: os Genéticos, o Peso, a Idade, os Hábitos e
o Sexo.
Conforme os autores de FUNDAMENTOS DE TOXICOLOGIA, p 392, o local de
ação do etanol é na membrana celular, causando a sua desordem (intoxicação).
Com isto, aumenta a inibição sináptica, atua em diversos setores dos
neurotransmissores e neuroreceptores. Seu uso crônico aumenta a síntese e
liberação de noradrenalina.
Na prática, sua abordagem afirma que o consumo de 01 GARRAFA DE CERVEJA
OU 01 COPO DE VINHO proporciona a concentração de 30mg/dL no sangue, desde que
se considere uma pessoa com cerca de 70 kg. Dessa forma, termos os EFEITOS
INICIAIS quando é observada a concentração de 30mg/dL (uma cerveja ou uma taça
de vinho) onde já ocorre a alteração no comportamento deixando o indivíduo mais
ansioso e agitado, reduzindo sua inibição.
Os SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO AGUDA são notados quando o bebedor
ultrapassar a concentração de 100mg/dL. Assim, o álcool já não oferece os
mesmos benefícios do início do uso, pois começa a causar depressão e fraqueza
no organismo, contribuindo para a falta de equilíbrio ao andar.
Na concentração de mais de 150mg/dL, Os SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO GRAVE,
reforça o autor, são notórios (fraqueza mais generalizada e
esquecimentos). Contudo, os SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO FATAL se dão na
concentração superior a 400mg/dL provocando coma e parada respiratória,
progredindo para morte.
O autor fala, ainda, sobre a CONCEPÇÃO ERRÔNEA DO METABOLISMO, dando
ênfase para o fato de que o fígado consegue reduzir do organismo 15mg/dL por
hora, isto é, se uma garrafa de cerveja ou taça de vinho contem 30 mg/dL logo o
organismo levará 2 horas para metabolizar essa dosagem. O metabolismo do álcool
segue a cinética zero, essa afirmação quer dizer que não existe proporção de
consumo e metabolização; na verdade sempre ocorrerá a metabolização de apenas 15mg/dL.
Em termos práticos, se uma pessoa ingerir 05 garrafas de cerveja terá uma
concentração de 150mg/dL, mas em 1 h só metabolizará 15mg/dL, dessa forma
continuará com uma concentração de 135mg/dL após 1h, sendo assim, ficará com
intoxicação aguda tendo os sintomas de depressão e fraqueza no organismo,
contribuindo para a falta de equilíbrio ao andar.
A BIOQUÍMICA DO METABOLISMO, apontada no site, refere-se inicialmente
ao fato do etanol ser metabolizado no fígado por uma enzima chamada álcool
desidrogenase, tornando-se etanal ou acetaldeído e este, por sua vez, recebe a
ação de outra enzima e transforma-se em ácido acético ou acetado ( responsável
pela “ressaca” ). A enzima álcool desidrogenase remove o hidrogênio do composto
e no organismo os NAD+ captam estes hidrogênios e transformam-se em NADH. Dessa
reação ocorrem duas complicações: 1ª- Inibição do ciclo de Krebs e 2ª- Sobra de
NADH que favorece a síntese de ácido graxo que é armazenado em forma de
triglicerídeo ( gordura ).
O EFEITO BENÉFICO é mencionado por algumas revistas que defendem o uso
moderado do álcool por causa do EFEITO CARDIOPROTETOR, isto é, quando se consome uma taça de vinho por dia que elevaria a
taxa para cerca de 10-30mg/dL. Mas como se dá o efeito cardioprotetor? De
acordo com as pesquisas a proteção se dá devido o aumento do HDL responsável
pela captação de gordura e transporte para o fígado. Dessa forma, previne a
doença coronariana evitando o acúmulo de gordura. Contudo, esta pesquisa não é
100% comprovada, pois ela foi feita em países europeus com pessoas de classe
alta que tem hábito saudável e dieta balanceada. Sendo assim, não se tem
certeza que esta proteção foi proveniente do uso do álcool ou por causa do
estilo de vida saudável dessas pessoas.
O efeito cardioprotetor não é absoluto, mas existem DOENÇAS ASSOCIADAS
que tangem os abusadores do álcool, tais como: Cirrose, Gastrite, Pancreatite,
Insuficiência, Cardiopatias, Hipertenção, AVC, Câncer (boca, faringe, esôfago,
pâncreas, fígado, intestino...),
Dependência Física, Depressão, Atrofia cerebral e Impotência sexual. Apesar de
todas estas variáveis, em 1956, relatam os autores de FUNDAMENTOS DE
TOXICOLOGIA (OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia M. A; BATISTUZZO, José A. O)
que o alcoolismo é uma doença possível de tratamento. Dessa forma, se alterar o
sistema serotoninérgico o consumo de álcool também é afetado.
Fazendo uma revisão da
problemática, O Dr. Paulo Miguel Velasco relata, em entrevista exclusiva, os
fatores mais relevantes no aparecimento do alcoolismo, considerando os problemas internos e externos:
Nos aspectos físicos o
alcoolismo pode desencadear: Alterações dos padrões funcionais do fígado, do
aparelho digestivo, do coração, do sangue, das glândulas endócrinas, disfunções
sexuais, cirrose hepática e câncer do fígado, enquanto que no aspecto
psicológico poderá apresentar: Síndrome amnésica, demencial, alucinatória e
delirante, além de ansiedade e distúrbios do sono e quadro de abstinência, que
pode levar à morte. Também é bom alertar que o alcoolismo aumenta à predisposição
a outras doenças, como as infecções.
O alcoólatra sofre os mesmos problemas de saúde física e psicológica que
um dependente de drogas ilícitas, de acordo com o Almanaque Abril 2004. Além do
mais, o viciado elimina vitaminas, cálcio, ferro, fibra e proteína. Acarreta
problemas digestivos, hepáticos, neurológicos
e circulatórios. Pode causar câncer de boca, faringe, esôfago e laringe.
Além disso, grande número de pessoas morre em acidentes provocados por motoristas
e pedestres bêbados. O alcoólatra pode, ainda, diz a redação do Almanaque
Abril, desenvolver comportamento violento e negligenciar responsabilidades
sociais, profissionais e familiares.
A Enciclopédia Microsoft Encarta 1993-2001 revela-nos que no triênio
1995-1997, por conta do alcoolismo ocorreram várias mortes. Portanto não
podemos negligenciar o poder destrutivo do álcool, pois ele incapacita o
usuário para o trabalho, para viver em sociedade, em família e quando o viciado
consegue desvencilhar do uso, dependendo do tempo de exposição, permanecem as
sequelas no corpo, na alma e às vezes na sociedade onde está inserido.
[...}
o alcoolismo ocupou o quarto lugar no grupo de doenças que mais incapacitam os
brasileiros para o trabalho. Em 1996, a cirrose alcoólica hepática foi a sétima
causa de morte em pessoas acima de 15 anos. Naquele ano, foram internadas com
esse diagnóstico nos hospitais do Sistema Único de Saúde 39.255 pessoas, das
quais 3.626 morreram (Enciclopédia Microsoft Encarta).
Buscando
dados mais atualizados destacaremos a
visão farmacológica do alcoolismo através do site Farmacologia%20da%20dependencia%20e%20abuso%20de%20drogas.pdf.
Atendimento ambulatorial
|
10 a 15%
|
Observando os índices ao lado
notamos que o atendimento
voltado para o alcoolista representa uma taxa muito alta da prática médica,
contudo muitas vezes
o diagnostico é negligenciado.
|
Atendimento de emergência
|
30 a 50%
|
|
Atendimento em hospitais
gerais
|
30 a 60%
|
Neste
site percebemos dois tipos de tratamentos: farmacológico e psicossocial. Neste contexto, farmacológico, a desintoxicação
aguda alivia os sintomas de abstinência. Os distúrbios crônicos da adição são
tratados por novos agentes farmacológicos que ajudam a reduzir o uso
prejudicial de álcool porque a adição é um problema médico crônico, e o
tratamento deve incluir controle de longo e de curto prazo. O tratamento
psicossocial, notoriamente a terapia cognitivo-comportamental, empregada
isoladamente ou associado à farmacoterapia produz resultados excelentes; tais
resultados são comparáveis àqueles encontrados nas doenças crônicas, como asma,
diabetes e hipertensão.
A desintoxicação é a primeira fase do
tratamento e tem como objetivo reduzir os níveis da droga, dessa forma, o corpo
adapta-se. Mesmo assim os sintomas de abstinência como ansiedade e insônia podem
persistir, exigindo assistência prolongada com medicação. As manifestações da
abstinência podem variar da disforia leve até convulsões fatais. A estratégia para aliviar a abstinência é reduzir
a dose aos poucos e usar fármacos, neste caso, é indicado à administração de um
benzodiazepínico de ação prolongada (como o diazepam) para evitar convulsões por abstinência. Medicamentos
antiepilépticos também suprimem a hiperatividade do SNC causada pela
abstinência e são eficazes no tratamento primário. Outro método de
desintoxicação é usar medicamento para bloquear os sinais e sintomas de
abstinência.
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