Fundamentos
da Terapia Ocupacional
Resumo do Modelo
Canadense de Terapia Ocupacional
O Modelo Canadense de Performance Ocupacional evoluiu como
resultado de uma iniciativa conjunta entre a Associação Canadense de Terapeutas
Ocupacionais e o Departamento Canadense de Saúde e Bem-estar Nacional. O
principal objetivo foi desenvolver uma medida de resultado para a Terapia
Ocupacional.
O grupo tarefa revisou a literatura referente aos conceitos
teóricos e filosóficos da TO e, após coletar e criticar inúmeras avaliações,
produziu um registro que engajou uma ampla variedade de diálogos na profissão. Como
resultado desse trabalho, foi publicado o Manual de Medida de Performance
Ocupacional Canadense. Referências compreensivas são fornecidas no manual da
COPM (Manual de Medida de Performance Ocupacional Canadense ) e na Habilitação
Ocupacional, além disso, trabalhos adicionais foram publicados em revistas.
Após produzir o manual e o COPM, o grupo de tarefa da CAOT
descobriu que havia inevitavelmente se tornado engajado na construção de um
fundamento conceitual para prática: o manual foi desenvolvido dentro do modelo de
Habilitação Ocupacional.
Quanto aos pressupostos-chave do Modelo Canadense de Performance
Ocupacional temos no Ambiente elementos físico, institucional, cultural e
social que se combinam e causam impacto sobre o cliente; com relação a Ocupação
destaca-se o lazer, o autocuidado e a produtividade que são ocupações
fundamentais aos seres humanos; o físico aparece novamente no Pessoal além do
afetivo e cognitivo; a Espiritualidade concentra-se no centro desse modelo e é
responsável pela singularidade do indivíduo, além disso, ela é observada como o
direcionamento da força de autodeterminação e escolha.
O modelo é baseado em um conjunto de valores e crenças que
consideram: a Ocupação, a Pessoa, o Ambiente, a Saúde e a Prática baseada no
cliente. O principal objetivo da Terapia Ocupacional é habilitar os clientes no
engajamento da ocupação.
As pessoas mudam com o tempo e as ocupações evoluem, com isto, cabe
aos clientes realizar o processo de
determinar as necessidades e ações de planejamento, sendo a função do terapeuta
capacitar esse processo. É aceito que o processo de terapia pode impor risco, e
que os clientes necessitam de suporte para buscarem o sucesso e, algumas vezes,
para enfrentar a experiência do fracasso. Nesta perspectiva o terapeuta deve “
facilitara escolha dos clientes referente aos resultados que definem como
significativos mesmo quando o terapeuta ocupacional não concorda”.
A habilitação da ocupação permite uma amplitude flexível de
intervenções aplicáveis a inúmeros problemas físicos, psicossociais e
ambientais.
A avaliação inicial é conduzida usando a COPM (Modelo Canadense de
Performance Ocupacional) baseada no cliente. O cliente é capacitado a
identificar áreas “problemáticas” da performance. As tarefas são ordenadas em
prioridades, e um plano de ação é desenvolvido
para considerar questões. A COPM também fornece uma medida de resultado
quando a performance é eventualmente reavaliada pelo cliente e os escores
iniciais e finais são comparados. As avaliações adicionais podem ser empregadas
quando compatíveis.
As teorias de reabilitação física, psicoemocional,
neurointegração, socioadaptativa, de desenvolvimento e ambiental da função e
disfunção ocupacional são sugeridas. Qualquer instrumento sutil e bem
desenvolvido extraído de uma estrutura de referência aceita pode ser utilizado.
O uso de tais avaliações suplementares pode ser modificado para ser compatível
com a forte abordagem baseada no cliente para avaliação.
Esse modelo foi construído por uma associação de TO durante anos. Ele
fornece um guia bem estruturado e prático para o oferecimento de serviços com
um mecanismo de avaliação de resultados. Uma abordagem altamente baseada no
cliente pode produzir problemas em casos onde o cliente não consegue determinar
seus objetivos. Enfim, uma abordagem baseada no cliente nem sempre será prática
ou desejável.
Reginaldo Silva de Lyra
Acadêmico de Terapia Ocupacional- IFRJ
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