
O único sinal da deformidade, o afudamento da região torácica, aparece durante a infância, entre 4 e 6 anos. A condição progride ao longo do desenvolvimento e se estabiliza aos 18 anos. Estima-se que 35% dos portadores manifestem a forma mais grave do problema, quando ocorre descolamento do coração para o lado esquerdo, compressão pulmonar e dificuldade em fazer exercícios físicos intensos. Há também relatos de dor na região torácica e arritimias. Em todos os casos, dos mais leves aos mais severos, a deformidade também causa danos psicológicos e redução da qualidade de vida, uma vez que os pacientes tendem a ficar curvados, prejudicando a coluna, e evitam frequentar locais como praias e psicinas.
Atualmente, as principais opções de tratamento são cirúrgicas. Nesses casos, há inserção de uma placa curva de metal na parte interna do tórax. O objetivo é forçar o esterno para fora. A barra permanece no paciente durante 3 anos - tempo necessário par a correção do problema - e depois é retirada. Entretanto, este procedimento traz alguns riscos como o rompimento ou a rotação da barra, além da limitação dos movimentos no primeiro mês e dor intensa nos primeiros dias de pós-operatório. O novo aparelho, desenvolvido por pesquisadores do departamento de Cirurgia Torácica e de Terapia Ocupacional do Instituto de Ortopedia da USP, atua na compressão do tórax sem a necessidade de cirurgia. Ele melhora a postura, a estrutura óssea e muscular, a respiração e também promove flexibilidade aos pacientes. "A órtese funciona como um aparelho dentário. Em conjunto com exercícios específicos, o tratamento diminui o risco de complicações pós-cirúrgicas de 17% para 4%", diz Ribas.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisadores-da-usp-criam-dispositivo-que-evita-cirurgia-do-torax
Nenhum comentário:
Postar um comentário